Marcadores

4 de junho de 2011

X-Men First Class, o melhor filme que não vou assistir

Depois de X-Men Origins: Wolverine, fiquei muito irritada com Hollywood. Pegaram a excelente minissérie de Paul Jenkis - que conseguiu contar a história de Logan e como ele virou Wolverine sem desapontar fãs e curiosos - e transformaram num filminho pras mocinhas que elegeram Hugh Jackman o homem mais sexy do mundo. Saí do cinema muito desapontada. Isso explica porque fiquei com os dois pés atrás quando começou todo o burburinho da tal história da primeira turma dos X-Men, e isso rendeu até o começo deste ano. Sabe quando minha desconfiança passou? A 1:35 do primeiro trailer:




Erik/Magneto levanta um submarino. Com uma mão. De um AVIÃO, o cara LEVANTA UM SUBMARINO QUE ESTAVA A NÃO SEI QUANTOS METROS DE PROFUNDIDADE. E olha que nosso caro Erik nem estava com seus poderes completamente desenvolvidos ainda, por assim dizer - pelo menos foi o que eu pensei, já que essa é a "primeira turma", eles são novos, estão se desenvolvendo ainda e, bem, Xavier tá andando.

E daí em diante, o estrago estava feito. A cada novo vídeo de X-Men First Class, a cada novo trailer, propaganda, sneak peek, fotos, novidades na net... A cada pedaço de filme divulgado, eu sentia que a bagaceira de Wolverine Origem não ia se repetir. Fiquei contando os dias. Abril, maio, junho... Dia 1, 2, 3 e...

Filme em cartaz apenas no Centerplex e dublado. Quatro sessões por dia, todas dubladas. Se você não é daqui de Maceió, então não está familiarizado com o péssimo costume desta rede de cinemas de colocar apenas uma sessão por dia legendada, a última da noite, com início após às 21h. O Centerplex é na parte alta da cidade, meio afastado, mas a galera fazia vaquinhas pra pagar o táxi na volta (geralmente após a meia noite) e ia ver os filmes. Eu mesma estava me preparando para isso, mas quando abri os sites com o horário do cinema hoje, decepção.

Desapontamento, tristeza, raiva. Eu gosto de filmes legendados e não é porque eu sei inglês, é porque eu gosto de apreciar a atuação, toda a atuação, a voz incluída. O modo de falar, entonação, trejeitos, isso faz parte do trabalho do ator/atriz também. O filme pode ser em alemão, iraniano, o que for, pra mim só serve com a voz original do artista. Dublagens deturpam isso. Duvida? Assista "O Diabo veste Prada" e veja se a Meryl Streep ergue a voz um momento sequer. Na dublagem em português ela fala mais alto e ergue a voz algumas vezes, até quase grita, e isso é uma diferença "gritante" no modo de construção do personagem por parte da atriz.

Então, a única coisa que eu tenho a fazer agora é esperar. Esperar pra baixar o filme em sua versão original, com a voz dos personagens, daqui a uns dias. Ou esperar que esse pequeno texto toque os corações de leitores ao redor da internet alagoana e que eles entrem na campanha #filmelegendadonocenterplex ou #xmenlegendadoemalagoas, fazer barulho no twitter, facebook, no site deles, no balcão do cinema, reclamando com o gerente, até no orkut mesmo, mas vamos reclamar, pedir uma sessão legendada.

Por mim, sei que se não tiver sessão legendada eu não vou ver o filme, mas isso é uma decisão minha. O pior é que nem é tanto uma questão de injustiça, e sim burrice de uma empresa não querer atrair o maior número de público possível. E então, vamos nós fazer barulho?

4 comentários:

  1. Sugestão: trocar #filmelegendadonocenterplex por #centerplexlegendado. No mais, tem meu apoio. Fiquei puto também.

    ResponderExcluir
  2. concordo... fica melhor a hashtag #Centerplexdublado

    ResponderExcluir
  3. Parece que sentiram a cutucada http://twitter.com/patiomaceio/status/81069837778034688

    ResponderExcluir